A atenção ao cuidado no manejo clínico em caso de silicone líquido industrial
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O silicone líquido industrial não é um composto adequado para a fisiologia humana, visto que tem por finalidade a limpeza de carros e peças de avião, impermeabilização de azulejos, vedação de vidros, entre outras aplicações industriais. Entretanto, algumas pessoas, especialmente, mulheres trans e travestis, o utilizam para remodelar as curvas do corpo (a exemplo, dos seios, quadris, nádegas, coxas, maçãs do rosto etc) , o que é proibido segundo Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por oferecer uma série de riscos à saúde, como: infecção, tromboembolia pulmonar, necrose, deformidades e até mesmo a morte.
A realização de procedimento invasivo em região com silicone líquido industrial é contraindicada, porque a mobilização desse composto a vasos sanguíneos ou nervos, favorece para o desenvolvimento de processos inflamatórios, insensibilidade, tromboembolia e até mesmo a morte do paciente.
Na indisponibilidade da realização de procedimento invasivo em determinada região corporal, como administração intramuscular de fármacos nos glúteos, a exemplo, da penicilina no tratamento da sífilis, em pessoas com silicone líquido industrial recomenda-se a atenção a outros métodos, como terapêutica em formulação oral ou administração, quando possível, em outras regiões do corpo.
Para mais informações acessar:
TelessaúdeRS - Qual o tratamento alternativo para sífilis, na impossibilidade do uso de penicilina?
https://www.ufrgs.br/telessauders/perguntas/sifilis-primaria/
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2018/risco-a-saude-silicone-industrial-para-uso-estetico